Pepsi, Pasto, Metrô e Marketing

E se você descesse do trem e désse de cara com um pasto de 1.250 m²?

O que faz um profissional de Social Media?

Mercado de mídias sociais estimula geração de empregos.

Convencendo o consumidor a gastar tempo e dinheiro

O Marketing Experiencial envolvendo consumidores e marcas em ações de Guerrilha

O logotipo, a marca, o consumidor e a liberdade de se reinventar

"A mudança de rótulo criou a percepção de que o produto havia mudado, o que não era verdade"

Por que as pessoas realmente compram?

"A oferta de produtos é tão grande que qualidade é o mínimo que se pode oferecer. Afinal, boa comunicação não melhora um produto ruim"

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Convencendo o consumidor a gastar tempo e dinheiro com a sua marca



No mês passado, no post Marketing Experiencial: Promovendo a experiência de uma grande idéia, eu disse que traria outros exemplos do Marketing Experiencial na prática. A intenção na época era trazê-los em poucos dias, mas com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo acabei não conseguindo postá-los. Então se essa é a sua primeira vez aqui no Experimentando Marketing, ou se você não sabe muito bem do que estou falando, vale a pena visitar alguns dos posts anteriores para ajudar a contextualizar as imagens. Acho que Uma nova integração entre tecnologia, marketing e comunicação e Experiências físicas, no mundo real, com pessoas reais são boas pedidas.

De forma bem resumida, o marketing experiencial é focado em criar experiências que envolvam o consumidor e as marcas através da estimulação dos seus sentidos. No Brasil, apesar de ainda engatinhando, felizmente esta prática parece estar tomando corpo. Muitas empresas ligadas ao setor varejista, por exemplo, já vêm trabalhando a experiência de compra de seus clientes, criando, ambientando e promovendo ações interativas no ponto-de-venda.

Líder do mercado nacional de monitores e discos rígidos para PCs e uma das principais empresas no setor de telefonia celular, a Samsung já investe nesta prática há algum tempo. No Morumbi Shopping, em São Paulo, inaugurou em outubro de 2005 a Samsung Experience – a 5ª loja conceito da marca no mundo. Um espaço totalmente voltado à experiência e à interação dos consumidores com todas as linhas de produtos Samsung. Um convite aos amantes da tecnologia para uma total imersão dos sentidos em tecnológica, convergência e interatividade.

Mas se você quer saber como seria criar experiências que envolvam consumidores e marcas fora das zonas de conforto e dos grandes redutos costumeiramente comerciais, os exemplos a seguir são para você. Em 2009, na Alemanha, a Nintendo foi aos banheiros de um shopping center promover o Brain Teasers (um conjunto de jogos que reúne quebra-cabeças, jogos de memória, sudoku e palavras-cruzadas). A campanha, que segundo o blog Promoview, foi idealizada pela Ogilvy de Frankfurt, proporcionava um tipo de interação totalmente inusitada. Impossível não se permitir gastar alguns minutos tentando solucionar as dicas dessa imensa palavra-cruzada.




Na Nova Zelândia, para promover a estréia da segunda temporada da série The Vampire Diaries, exibida aqui no Brasil pela Warner, a Colenso BBDO também inovou. Substituiu a água dos bebedouros em academias, salões de beleza, escritórios e outros locais públicos, por um suco avermelhado que imitava sangue. A ação também agradou.



Voltando ao Brasil, recentemente foi a vez da Nívea - uma das grandes companhias mundiais em cuidados com a pele - promover uma genial experimentação de sua marca e produtos na capital paulista. O vídeo dessa ação, criada pela Lew Lara TBWA, você confere a seguir.
 

Na maioria das vezes nem se trata de algo complexo ou tecnologicamente inovador, mas de uma idéia criativa que convide e estimule a interação das pessoas. Nestes casos em especial, meu conceito preferido sobre grandes idéias faz toda a diferença: “Grandes idéias são aquelas que convencem naturalmente o consumidor a gastar seu tempo e dinheiro com uma marca.”

Por hoje, é isso!

E aí? O que acharam?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Redes Sociais: Motivos para não liberar




Um estudo divulgado recentemente pela consultoria de RH Manpower revelou que as empresas que mais proíbem o acesso à redes sociais como Twitter, Facebook e Orkut são as brasileiras. Um outro estudo, divulgado pela Universidade de Melbourne, apontou que o uso moderado da internet para lazer aumenta a produtividade em até 9%. E assim a briga continua.

Quem leu meu último artigo, Toda empresa deveria liberar o acesso às redes sociais?, viu quanta gente de peso defende a liberação das redes sociais no trabalho. Mas como eu disse: Cada caso é um caso, cada gestor tem (ou não) suas razões, cada situação tem suas peculiaridades. Por isso, neste artigo queria dar voz à outra parte envolvida: os gestores.

Segundo Brent Coker, autor do estudo divulgado pela Melbourne, pausas curtas e moderadas, como uma rápida navegação na Internet, permitem que a mente descanse, levando a uma concentração maior para o dia de trabalho e, como resultado, aumentam a produtividade. O problema é que no Brasil, pausas curtas e moderadas podem acabar não sendo assim tão curtas ou moderadas, não é?! (Pérolas do Orkut que o digam)

É lamentável, mas infelizmente há casos extremos em que esse problema com o uso de redes sociais no trabalho já levou até à demissão do funcionário. Uma situação como essas aconteceu com o empresário Antônio Carroça (Gerente de Negocios Industriais) que, depois de constatar o acesso ininterrupto de duas de suas funcionárias ao Orkut, MSN e Youtube, precisou bloquear as máquinas. Uma delas acabou conseguindo driblar o bloqueio e, voltando a constatar o prejuízo na realização das tarefas, precisou demiti-la. 

“(...) toda vez que pedia algo, demoravam uma semana para fazer. Mesmo depois de bloqueadas as máquinas, uma delas removeu a trava. Demiti na mesma hora.”

Com Robert Roman (gestor de uma empresa de tecnologia de informação), a situação não foi muito diferente. Pouco tempo depois de liberar o acesso e instruir seus funcionários quanto ao uso consciente das redes de relacionamento, verificou que a medida não seria o sucesso esperado.

“Algumas pessoas da nossa equipe de conteúdo dos portais deixam de atualizá-lo ou o atualizam de qualquer forma, com erros crassos de português ou frases que não fazem nenhum sentido, para que sobre mais tempo para conversar com amigos no MSN, acompanhar o twitter de uma celebridade, ou ver o que mudou em seu facebook ou Orkut.”

Aí fica difícil, não fica?!

O primeiro passo para qualquer liberação no acesso às redes sociais deve ser a educação e a conscientização do funcionário sobre o seu uso. E isso já é quase uma verdade absoluta. A grande questão é que em alguns casos chega a ser uma reavaliação cultural tão profunda, que talvez as pessoas não consigam.

É muito complicado, e é certo que a discussão não termina nesta década. Mas e agora? Não seriam estes bons motivos para não liberar o uso das redes sociais no trabalho?

*Esse artigo também foi publicado em 21/01/2011 no Ponto Marketing. Marketing no Ponto Certo! Confira!